História da Cosmetologia

O uso de cosméticos (a história da cosmetologia) remonta há pelo menos 30.000 anos. Os homens da pré-história faziam gravações nas rochas e nas cavernas, e também pintavam o corpo (tatuavam-se).

Rituais tribais praticados pelos aborígenes dependiam muito da decoração do corpo para proporcionar efeitos especiais, como a pintura de guerra. A religião era, também, uma razão para o uso desses produtos: Cerimónias religiosas frequentemente empregavam resinas e unguentos de perfumes agradáveis. A queima de incenso deu origem à palavra perfume, que no latim quer dizer “através da fumaça”.

Aparentemente os Egípcios foram os primeiros a utilizar cosméticos e produtos de toucador em larga escala. Alguns minérios foram usados como sombras de olhos e rouge, assim como extractos vegetais. A famosa Cleópatra banhava-se em leite de cabra para ter uma tez suave e macia, e incorporou o símbolo da beleza eterna. Também nesta época os faraós eram sepultados em sarcófagos que continham tudo o que era necessário para se manterem belos. No sarcófago de Tutankhamon ( 1400 a.C.) foram encontrados cremes, incenso e potes de azeite usados na decoração e no tratamento.

A história da cosmetologia foi evoluindo, e durante a dominação Grega na Europa, 400 a.C., os cosméticos tornaram-se mais do que uma ciência

Nos manuscritos de Hipócrates, considerado o pai da medicina, já se encontravam orientações sobre higiene, banhos de água e sol, a importância do ar puro e da actividade física. Nesta época, século II a.C., venerava-se uma deusa da beleza feminina, chamada Vénus de Milo.

Na era Romana, por volta do uno 180 d.C., um médico grego chamado Claudius Galen realizou sua própria pesquisa científica na manipulação de produtos cosméticos, iniciando assim a era galénica dos produtos químico-farmacêuticos. Galen desenvolveu um produto chamado Unguentum Refrigerans, o famoso Cold cream, baseado em cera de abelha e bórax.

Os famosos banhos romanos eram o centro de discussões e reuniões sociais para os senadores e aristocratas da época, mas caíram posteriormente em actos imorais condenados pela religião.

Também nesta época surgiu à alquimia, uma ciência oculta em que se utilizavam fórmulas cosméticas para actos de magia e ocultismo. Também foi nesta época que Ovídio escreveu um livro voltado a beleza da mulher “Os produtos de beleza para o rosto da mulher”, onde ensina a mulher a cuidar de sua beleza através de receitas caseiras.

Com a Idade Média vieram os anos de clausura para a ciência cosmética, um período em que o rigor religioso do cristianismo reprimiu o culto à higiene e a exaltação da beleza, impondo recatadas vestimentas. Esta época também chamada de “Idade das Trevas” foi muito repressiva na Europa, onde o uso de cosméticos desapareceu completamente, por isso também é chamada de “500 anos sem um banho”.

As Cruzadas devolveram neste período os costumes “do culto à beleza e a ternura”, que se incluíam os cosméticos e os perfumes.

Com o Renascimento e com a descoberta da América há o retorno à procura da beleza. Todos os costumes e hábitos de vida da época são retratados pelos pintores, como por exemplo, a Mona Lisa, de Leonardo da Vinci, que retrata a mulher sem sobrancelhas, face ampla e alva, de tez suave e delicada.

Miguel Ângelo também retrata na Capela Cistina os anjos, apóstolos, Maria – mãe de Jesus – e outros personagens, de forma clara, jovial cuja beleza é exaltada em sua plenitude. Porém, a falta de higiene persiste e os perfumes são criados para mascarar o odor corporal.

Durante a Idade Moderna, séculos XVII e XVIII, nota-se a crescente evolução dos cosméticos e também da utilização de perucas cacheadas. Neste período ainda persistiam os costumes de não tomar banho regularmente, o que proporcionou o crescimento da produção de perfumes, tornando-se de grande importância para a economia francesa desde o reinado de Luís XIV. Contudo, o grande salto dos perfumes deu-se quando Giovanni Maria Farina, em 1725, se estabeleceu em Colónia, na Alemanha. Lá desenvolveu a famosa “água-de-colónia”.

No final deste século, os Puritanos, liderados por Oliver Cromwell, trouxeram um outro período, no qual o uso de cosméticos e perfumes ficou fora de moda. Este, talvez, tenha sido o período mais negro da história dos cosméticos, principalmente quando o Parlamento Inglês em 1770 estabeleceu que: “Qualquer mulher… que se imponha, seduza e traia no matrimónio qualquer um dos súbditos de Sua Majestade, por utilizar perfumes, pinturas, cosméticos, produtos de limpeza, dentes artificiais, cabelos falsos, espartilho de ferro, sapatos de saltos altos, enchimento nos quadris, irá incorrer nas penalidades previstas pela Lei contra a bruxaria…. E o casamento será considerado nulo e sem validade.”

Já na Idade Contemporânea, século XIX, período Vitoriano na Inglaterra, Isabelina na Espanha e dos déspotas esclarecidos na França pós Napoleão, os cosméticos retomaram a popularidade.

Os cosméticos e produtos de toucador eram feitos em casa, cada família tinha suas próprias e favoritas receitas. As mulheres passaram a expor um pouco o corpo e tomavam banho utilizando trajes fechados.

Foi um período rico para o surgimento de indústrias de matérias-primas, para o fabrico de cosméticos e produtos de higiene nos Estados Unidos, França, Japão, Inglaterra e Alemanha. Estava a começar desenvolver-se o mercado de cosméticos e produtos de higiene no mundo.

A área da ciência farmacêutica que pesquisa, desenvolve, elabora, produz, comercializa e aplica produtos cosméticos é chamada de Cosmetologia. Este campo estuda as técnicas de tratamento e embelezamento natural, baseado no uso de produtos, substâncias e embalagens, denominados geneticamente de cosméticos de aplicação externa e superficial. Um profissional de Cosmetologia trabalha com o embelezamento e a promoção, manutenção e recuperação da saúde na área da estética humana, além de desempenhar as suas actividades profissionais como prestador de serviço autónomo em centros de estética, spas, academias, domicílios e outros estabelecimentos afins. Tem também a capacidade de trocar informações com profissionais da área de saúde que interagem na área de estética humana, administrando os cuidados e tratamentos prescritos e especializados.

O mercado da cirurgia estética está em plena ascensão. Actualmente, o Brasil é o país que ocupa o 2° lugar em número de cirurgias plásticas realizadas no mundo. A procura de produtos para pele e higiene na Internet é hoje muito intensa. O consumidor está mais exigente, preocupando-se em procurar profissionais competentes em vez de procurar meios ilegais. A remuneração salarial é compatível com a dos profissionais universitários. O profissional tem a função de aplicar técnicas de limpeza da pele e da maquilhagem no tratamento estético facial, utilizando materiais e equipamentos adequados a cada procedimento estético; elabora um programa para acompanhar o cliente submetido ao tratamento estético; aplica com segurança, procedimentos estéticos relativos ao campo de actuação, visando a manutenção e a recuperação da saúde da pele, entre outras funções.

Os produtos cosméticos são utilizados para o tratamento da pele, cabelo e unhas e também o tratamento de pés, mãos, aplicação de unhas artificiais, penteados, lavagem de cabelo, aplicações cosméticas, remoção de pêlos, relaxamento capilar ou alisamentos, assim como permanentes, apliques e perucas e design de sobrancelhas. O licenciado em cosmetologia denomina-se cosmetologista. Os clientes desses tratamentos são em geral mulheres, mas há um número cada vez maior de homens que fazem uso desses serviços.

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  1. 1

    a dorei as informaçães vc, poderia mi enviar por e-mal? grato

    alina cirino alves


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